“Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lc 23.44-46).
É interessante a discussão a respeito da morte de Jesus, se foram os romanos (Poncios Pilatos), ou os sacerdotes judeus que o mataram, mas no texto de Lucas, chegamos a conclusão que ninguém poderia matá-lo, se Ele não permitisse, portanto, é correto afirmar que Jesus se doou (“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” – v. 46), Jesus se entregou, se ofereceu, como um sacrifício em nosso lugar. Antes de morrer, Jesus tinha orado ao Pai, pedindo em favor daqueles que o queriam matar: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). De fato, sem esse tipo de amor não seria possível tamanho sacrifício, e nós, como seus discipulos, devemos seguir o seu exemplo e perdoar aqueles que nos ofendem ou agridem (Lc 11.4). O versículo mais conhecido da Bíblia é João 3.16, onde está escrito até que ponto Deus nos amou. Paulo também escreveu algo parecido aos Romanos; vejamos: “Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.7-8). Deste modo, não mereciamos o perdão de Deus, mas Ele decidiu vir ao nosso encontro baseado na sua graça e principalmente amor. Jesus se doou pela humanidade e espera que façamos o mesmo (1Jo 3.16), e não pode haver maior evidência de conversão do que a de obedecermos ao seguinte mandamento de Cristo: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35). Amados irmãos, como vimos até aqui, nosso querido Salvador realizou sua obra redentora na base do amor sacrificial, Ele se doou em nosso lugar e um dia cada um de nós fomos alcançados por esse maravilhoso amor, e agora devemos viver cheios desse amor no relacionamento com os nossos semelhantes, sobretudo, quando estivermos desempenhando o nosso ministério. Um grande abraço a todos, e que Deus vos abençoe e guarde;
Pr. Luiz Bergamin
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