No anseio de se tornar algo que nunca poderia ser, o ser humano abriu mão de todo propósito de vida, virando as costas para tudo o que de fato lhe faria sentido e lhe traria paz. Na descrição da criação de todas as coisas, Deus, ao fazer o ser humano, concede-lhe uma singularidade, a saber, ser a imagem e semelhança do Deus trino e eterno. Deus afirma nesta sentença que a espécie humana atende plenamente aos seus anseios mais íntimos, a expressão divina pode ser melhor compreendida a partir da seguinte ideia: façamos o Homem da forma que nos agrade em todos os detalhes, do jeito que nos satisfaça em tudo quanto desejarmos. Logo, o ser humano foi criado para ser sociável, dependente, submisso, voluntarioso, paciente, longânimo, ou seja, alguém que tivesse o perfeito amor como essência e princípio.
A inserção do pecado abalou tais estruturas transformando o Criador num inimigo comum a todos os homens, inimigo este a ser combatido e deposto de seu lugar, assim, ao invés de contribuir para construir, o Homem passou a consumir e destruir enquanto fazia do próximo uma ferramenta para benefício próprio.
Aprouve ao Senhor, na plenitude dos tempos enviar seu Filho para resgatar-nos e fazer de nós, outrora inimigos, outrora opositores, outrora malfeitores, filhos de um Deus Santíssimo! Para que ficasse claro que uma nova vida é possível e real, Cristo se fez carne, tornando-se plenamente homem, colocando-se debaixo da lei para resgatar a todos, dando exemplo e se fazendo em caminho. Agora que somos feitos, uma vez mais, a imagem e semelhança de Deus, restaurados de dentro para fora, dotados da mente de Cristo, cheios do Espírito Santo, só nos resta uma opção, a saber, para sermos tudo que desejamos ser, basta que sejamos um!
Pr. Isaias Soares dos Santos
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