Somos uma igreja genuinamente brasileira e missionária. A chama missionária sempre foi a nossa maior motivação. Aprendemos com o nosso fundador, saudoso missionário Manoel de Mello, que a paixão pela salvação das almas é o que nos move a ser Igreja, alicerçada nos princípios bíblicos e arrojada no alcance daqueles que ainda estão sob o domínio das trevas. Hoje, passados sessenta e um anos de fundação, estamos presentes em todos os estados brasileiros e em países da América do Sul, América Central, Oriente Médio, África, Europa e Ásia. Pela bondade e graça de Deus, anualmente treinamos e preparamos missionários para atuarem dentro e fora do Brasil, através do nosso Centro de Formação Missionária Alpha, em Araçariguama, São Paulo. Louvamos a Deus pelo desenvolvimento e expansão das nossas estruturas denominacionais que permitiram este expressivo e relevante crescimento nas últimas décadas. Dentre elas, destacam-se a Missão Desafio, o IBBC – Instituto Bíblico Brasil para Cristo, a JUNEC – Junta Nacional de Educação Cristã, as quais em comunhão com os demais departamentos da obra, possibilitaram chegarmos até aqui, como uma das maiores igrejas pentecostais do país. Porém, o desafio ainda não terminou, dentro e fora do Brasil. De acordo com um artigo publicado pela Revista Ultimato (http://www.ultimato.com.br/conteudo/quem-sao-os-menos-evangelizados-no-brasil, 23/06/14), existem oito grandes desafios missionários brasileiros que precisam ser enfrentados: 1. Indígenas. Com 117 etnias sem presença missionária e sem o conhecimento do Evangelho, com forte concentração no Norte e Nordeste. 2. Ribeirinhos. Na bacia amazônica há 37.000 comunidades ribeirinhas ao longo de centenas de rios e igarapés. As pesquisas mais recentes apontam a ausência de igrejas evangélicas em cerca de 10.000 dessas comunidades. 3. Ciganos (sobretudo da etnia Calon). Há cerca de 700.000 Ciganos Calon no Brasil e apenas 1.000 se declaram crentes no Senhor Jesus. 4. Sertanejos. Há 6.000 assentamentos sem a presença de uma igreja evangélica. 5. Quilombolas. Há possivelmente 5.000 comunidades quilombolas no Brasil, dentre as quais, 3.524 são oficialmente reconhecidas e 2.000 ainda permaneçam sem a presença de uma igreja evangélica. 6. Imigrantes. Há mais de 100 países bem representados no Brasil por meio de imigrantes de longo prazo com uma população de quase 300.000 pessoas. Dentre esses, 27 são países onde não há plena liberdade para o envio missionário ou pregação do Evangelho. Ou seja, dificilmente conseguiríamos enviar missionários para diversos países que estão bem representados entre nós, sobretudo em São Paulo, Brasília, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro. 7. Surdos, com limitações de comunicação. Há mais de 9 milhões de pessoas nesta categoria em nosso país e menos de 1% se declara crente no Senhor Jesus. 8. Os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres. As últimas pesquisas nacionais demonstram que a presença evangélica é expressiva nas escalas socioeconômicas que se encontram entre os dois pontos, porém sensivelmente menor nos extremos. Em alguns Estados brasileiros há três vezes menos evangélicos entre os mais ricos e os mais pobres do que nos demais segmentos socioeconômicos. A nossa amada Igreja, O Brasil para Cristo, tem se esforçado em trabalhar para que estes desafios sejam vencidos. Obviamente, não somos a única denominação envolvida nesta ação missionária de proporções gigantescas, mas estamos alargando as nossas tendas em vários destes grandes desafios, dentre os quais, destacamos três: Sertanejos, Ciganos e Ribeirinhos. Dentre os sertanejos, merecem destaque os trabalhos realizados nos sertões dos estados de Alagoas, Paraíba, Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia, através das nossas igrejas, convenções, Projeto Compaixão e mais recentemente pela Comissão de Força Tarefa Nacional. Entre os ciganos, temos missionários atuando no apoio à tradução da Bíblia Sagrada na língua chibi da etnia Calon, na adaptação e veiculação do filme “Jesus” na mesma língua e na evangelização e discipulado nos acampamentos, em especial, localizados em São Paulo. Dentre os Ribeirinhos, estamos desenvolvendo através da Comissão de Força Tarefa Nacional, o “Projeto Ribeirinhos” que objetiva o apoio aos nossos obreiros e igrejas em nove comunidades na cidade amazônica de Manaquiri e no treinamento de obreiros e expansão para outras comunidades ribeirinhas. Tudo isto é possível com a benção de Deus, a direção do nosso Presidente Nacional, Pr. Luiz Fernandes Bergamin e o apoio dos nossos pastores e membros através das orações, disposição e fidelidade com a Oferta Missionária Nacional – OMN. A obra é grande, o desafio se agiganta, porém, o nosso Deus é conosco e na unidade do Espírito Santo, certamente, seremos ainda mais relevantes na gloriosa missão de ganharmos o Brasil para Cristo.
Pr. Ronaldo Rampaso
Gestão Nacional de Missões Comissão de Força Tarefa Nacional.
OBPC Arapapá/AM – Igreja em dois momentos: época de estiagem/época de seca
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